terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O que é a Ortorexia?

  
A Ortorexia é um transtorno alimentar, recentemente diagnosticado, que surge quando a pessoa se torna tão obsessiva em relação àquilo que come.
  Ao contrário da anorexia ou bulimia, a pessoa com ortorexia permite-se comer, mas fica tão obcecada com o que come que todos os seus pensamentos ficam ocupados com a dieta.
  Estes doentes apenas ingerem alimentos saudáveis e vêm detalhadamente o conteúdo nutricional de cada alimento que ingerem. Calorias, vitaminas e nutrientes tornam-se o ponto essencial da comida e qualquer coisa que contenha o mínimo vestígio do que está na lista do “não é permitido” não é consumido.
  Embora todos possamos beneficiar ao adoptar esta atitude, estes doentes levam a obsessão com o conteúdo dos seus alimentos ao extremo, não permitindo, em circunstância alguma, um desvio do seu programa de alimentos autorizados.
  A população de risco da ortorexia são os naturistas, como, por exemplo, os vegetarianos e os macrobióticos.

As causas desta doença são:
  • A obsessão pelo estado de saúde;
  • O medo de engordar.

Os comportamentos das pessoas ortorécticas são:
  • A obsessão excessiva pela qualidade dos alimentos;
  • A abstenção de alimentos gordos e com açúcar;
  • A preocupação exagerada com a confecção, a composição, a origem e a comercialização dos alimentos;
  • A leitura minuciosa dos rótulos dos alimentos;
  • A desconfiança dos restaurantes, cozinhando só para si.

As consequências mais graves da Ortorexia são:
  • A dependência de uma alimentação que consideram saudável;
  • A falta de nutrientes existentes nos alimentos que não consomem, logo, mais susceptíveis a doenças, como a anemia e avitaminose;
  • O afastamento dos familiares.
O tratamento desta doença consiste na psicoterapia que envolve uma diversa equipa de especialistas (como o nutricionistas, psicólogos, entre outros).

JRNA

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que é a Bulimia?


 A Bulimia nervosa, também conhecida só por bulimia, é uma doença que consiste em episódios de ingestão compulsiva de alimentos muito calóricos seguidos de atitudes inadequadas que compensam essas calorias ingeridas. A população de risco é, nomeadamente, jovens entre os 15 e os 20 anos do sexo feminino.


As principais causas desta doença são:
* A angústia e o stress;
* Falta de auto-estima;
* Tentativa de neutralizar o sofrimento, causado pela solidão;
* Valorização do corpo magro como ideal de beleza.


Comportamentos típicos de um bulímico:
* A ingestão compulsiva de alimentos muito calóricos;
* A prática de grandes jejuns;
* O uso de diuréticos e laxantes;
* A indução do vómito;
* A prática exagerada de exercício físico.


Consequências da doença:
* Depressão;
* Fadiga;
* Irregularidade menstrual, no caso das mulheres;
* Arritmia Cardíaca;
* Problemas de esófago e de estômago;
* Fragilidade dos dentes e dos ossos (devido à indução do vómito).


Obter Ajuda e Tratamento:
Não existe uma cura única e reconhecida para a bulimia, mas há uma variedade de opções de tratamento. Cada bulímico trabalha com profissionais de saúde mental para conceber uma fusão de tratamentos que se adeqúem a todos os seus comportamentos e preocupações. Os tratamentos comuns para a bulimia incluem: aconselhamento/terapia, aconselhamento/terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental (para alterar os hábitos alimentares), uso de grupos de apoio ou terapia de grupo e aconselhamento e planeamento nutricional.
Raramente é utilizada medicação como tratamento para a bulimia, a não ser que seja receitada para tratar condições que lhe estejam associadas, como a depressão.
Pode ser obtida informação adicional relativamente ao diagnóstico e tratamento da bulimia através de um médico de clínica geral, um profissional de saúde mental ou através de outras entidades competentes.
JRNA

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que é a Anorexia?


A anorexia nervosa, também conhecida simplesmente como anorexia, é um transtorno alimentar que provoca no indivíduo tanto medo de ganhar peso e/ou gordura corporal que ele(a) limitará severamente a quantidade de comida que ingere. Por vezes, os anorécticos também fazem exercício em excesso, numa tentativa de queimar as calorias que ingeriram, para não ganharem peso extra. Mesmo quando se desgastam fisicamente e os outros os acham doentiamente magros, os anorécticos ainda pensam que os seus corpos são muito pesados e continuam a comer tão pouco quanto possível. Infelizmente, sem nutrientes suficientes para os alimentar, os órgãos internos de um anoréctico podem falhar, podendo daí resultar a morte.

Sintomas de Anorexia:
Raramente um anoréctico reconhece o seu transtorno alimentar e procura ajuda, portanto, cabe, muitas vezes, a familiares e amigos que suspeitam de anorexia nervosa, procurar ajuda de profissionais. Muitos dos sinais que indicam anorexia incluem:
* Contagem obsessiva das calorias ingeridas;
* Saltar refeições; 
* Brincar com a comida no prato em vez de comer; 
* Esconder comida (num guardanapo, debaixo de uma travessa, etc.) para evitar comê-la; 
* Mentir quanto a já ter comido, numa tentativa de evitar uma refeição; 
* Ingerir apenas um determinado tipo de comida; 
* Fazer exercício em excesso, particularmente depois de uma refeição, ou “para abrir o apetite”; 
* Perda dramática de peso;
* Excessivo interesse em questões relacionadas com peso, imagem corporal e jejum; 
* Vestir (para esconder o corpo) roupa larga ou disforme; 
* Baixos níveis de energia; 
* Doenças frequentes; 
* Sono excessivo; 
* Reduzido ou inexistente apetite sexual.
 JRNA 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Obesidade encurta esperança de vida para os 40 anos (JN - 2010-09-25):


   Em Portugal, há cada vez mais crianças que correm o risco de não ultrapassar os 40 anos por causa de doenças relacionadas com a obesidade. Multiplicam-se iniciativas de educação alimentar, mas falta ainda um programa integrado, dizem os especialistas.
(...)
   Perante a dimensão do fenómeno da obesidade infantil em Portugal, é preciso agir de forma estruturada, apelando à interacção de vários parceiros. Dizem os últimos dados disponíveis que 29% das crianças com idades entre os dois e os cinco anos têm excesso de peso e que 12,5% são obesas.
   Há crianças que, aos 10 anos, sofrem já de hipertensão e de colesterol, o que leva a que os especialistas estimem que viverão menos anos do que os seus pais. "Teremos um retrocesso em termos de saúde pública... Algumas destas pessoas terão um alto risco de morrer aos 40 anos", estima Maria Daniel Vaz Almeida, especialista da Universidade do Porto e co-presidente do II Congresso Mundial de Nutrição, que termina hoje (25/09/10), no Porto.

Informação não é conhecimento
   "Hoje temos acesso a informação mas tal não se traduz em conhecimento", sublinha Rodrigo Abreu, nutricionista responsável pelo "Atelier de Nutrição", que defende a criação de um modelo idêntico ao da Educação Sexual.
   "Acho interessante que se discuta tanto a Educação Sexual, mas que não haja uma política em termos de Educação Alimentar. As crianças antes de começarem a sua sexualidade já comem", ironiza Rodrigo Abreu, colocando a tónica na urgência de uma "aplicação integrada" de todos os programas que vão proliferando. "Quanto mais se estuda a obesidade, mais percebemos que a prevenção é a melhor arma", alerta.
   Miriam Stoppard, especialista inglesa em cuidados infantis, acrescenta às prioridades de acção na luta contra a obesidade infantil o envolvimento de vários parceiros. "Tem de ser feito um esforço de combate por parte de várias entidades... É preciso envolver muitas pessoas nesse esforço", começou por explicar a estrela mediática do Reino Unido.
   A estratégia, já testada em países como Canadá, México, França e Reino Unido, é simples e consiste em fazer chegar às crianças as mesmas mensagens, através de diferentes parceiros e entidades: "pais, família, escolas, professores, produtores, municípios". As mensagens são extremamente simples: no México, 'comam comida saudável, mexam-se, bebam água'; no Reino Unido: 'comam comida saudável, mexam-se mais do que o que se têm mexido e ganhem consciência das vossas emoções", ilustrou Miriam Stoppard, em declarações ao JN, antes de moderar um debate durante o congresso. Os resultados, garante, são impressionantes e possíveis de alcançar em muito pouco tempo.
   "É preciso uma política nutricional que pense a alimentação como um factor de promoção da saúde", alerta Maria Daniel Vaz Almeida, chamando a atenção para o crescimento da obesidade infantil em Portugal. "Temos de parar esta avalanche", avisa a professora catedrática da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.

JRNA

O que é a Obesidade?

   A obesidade é uma doença crónica com múltiplas complicações. É  considerada uma síndrome, ou seja, tem diversos factores causais e consequências em todo o organismo.

  O número de pessoas portadoras de obesidade vem crescendo em todo o mundo ocidental, mesmo entre as populações pobres. Trata-se de uma epidemia, portanto, um problema de saúde pública. Nem as crianças escapam dessa epidemia!

  Note que existe uma diferença entre estar obeso e estar acima do peso. Se considerarmos aquelas que estão acima do peso, esse percentual aumenta significativamente.

  A obesidade é caracterizada por um excesso de tecido gorduroso, que leva a um comprometimento da saúde. Esse prejuízo à saúde nem sempre é observado inicialmente.

  Há diversas maneiras de saber se a pessoa é ou não obesa, ou seja, de se classificar a obesidade. A maneira mais simples e comum de classificar a obesidade é pela relação de peso e altura.

  Nas crianças, além do peso e altura, a idade é muito importante na avaliação da adequação antropométrica.

  A causa mais evidente da obesidade é ingerir mais calorias que as necessárias, ou seja, comer mais do que se gasta. Este consumo excessivo de alimentos pode iniciar-se em fases muito remotas da vida, nas quais as influências culturais e os hábitos alimentares familiares possuem um papel fundamental. Por isso, dizemos que a obesidade possui factores de carácter múltiplo, tais como os genéticos, psicossociais, culturais e orgânicos. A obesidade, portanto, é gerada pela interacção entre factores genéticos e culturais, assim como familiares, sendo a obesidade infantil aquela em que os factores familiares têm papel preponderante.

 JRNA